sábado, 22 de maio de 2010


Alguns olhos me observam, me julgam, me despem... e eu que sempre acreditei ser tão indefinido sou definido por esses olhares.

Por esses olhares posso ser segregado, separado para um futuro de glória no fracasso e assim serei criado, moldado, programado, acorrentado e amordaçado para bem servir ao lattes: uma vida no curriculum lattes, uma vida para o lattes.

E eu que me julgo tão livre, visto a batina preta do intelectual incorformado com o mundo, que possui milhares de livros mofando em uma prateleira, que lê literaturas subversivas de pouco acesso à " massa" acadêmica e que fica teorizando sobre aquilo que deveria ser vivido...

Enquanto isso escrevo, porque este é o meu jeito de conseguir fingir, com amargura, que nada vejo.

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