terça-feira, 25 de maio de 2010

Não culpe, criança, a palavra que nunca chegou nem o telefonema que não foi realizado, pois a vida não é feita de acontecimentos isolados, mas sim, de pequenos momentos que vão se interligando até criarem aquilo que chamamos de presente.
Você bem sabe que chorar não irá mudar o passado - o que são as lágrimas de ontem senão uma neblina da memória? - entretanto permita-se chorar, porque no fim ou você irá se afogar na amargura de seu pranto ou conseguirá forças para se levantar.

sábado, 22 de maio de 2010


Alguns olhos me observam, me julgam, me despem... e eu que sempre acreditei ser tão indefinido sou definido por esses olhares.

Por esses olhares posso ser segregado, separado para um futuro de glória no fracasso e assim serei criado, moldado, programado, acorrentado e amordaçado para bem servir ao lattes: uma vida no curriculum lattes, uma vida para o lattes.

E eu que me julgo tão livre, visto a batina preta do intelectual incorformado com o mundo, que possui milhares de livros mofando em uma prateleira, que lê literaturas subversivas de pouco acesso à " massa" acadêmica e que fica teorizando sobre aquilo que deveria ser vivido...

Enquanto isso escrevo, porque este é o meu jeito de conseguir fingir, com amargura, que nada vejo.

sábado, 1 de maio de 2010

Você não completou sua frase, nem precisava, o seu mas atingiu diretamente o meu coração.
Nem seu se foi arma ou faca. É bem provavel que tenha sido veneno que paralisou tudo por dentro e não deixou nenhuma marca de seu autor.
Não sei se perdoei, se escrevo certamente que não. Talvez fosse melhor que você saísse dessas entrelinhas - que eu saísse das entrelinhas - e falassemos de maneira clara, direta, um com o outro.
Pensando bem, é melhor não falarmos nada, e deixarmos que esse texto termine da mesma forma que começou: com reticências...