quarta-feira, 21 de abril de 2010

Certa vez - durante uma daquelas aulas onde supostamente há um debate, mas que na verdade não passa de um monólogo demasiadamente longo - o professor olhou para uma de suas alunas e pediu para que ela contasse aos demais o que ela compreendia por conhecimento.
A aluna, perturbada pelo pedido, tentou formular rapidamente uma resposta que podesse demonstrar toda a erudição e a maturidade que ela não possuia. Respirou fundo. Olhou para os lados. Encarou p professor e desistiu de recorrer aos autores que leu e que nunca consegiu compreender. Buscou a si mesma para responder tal questão. Se ela conseguiu se encontrar entre o emaranhado que eram os seus pensamentos, eu não sei, entretanto posso dizer quais foram as suas palavras. Intimidada e com a voz tremula, a aluna comento:
- Conhecimento é um monstro devorador. É uma serpente que aos poucos se aproxima e prepara o seu bote, pegando de surpresa a sua vitima, matando-a aos poucos com o seu veneno.
É paixão avassaladora que chega, arde, machuca e da mesma forma que veio se vai deixando apenas o que sobrou de um pobre coração.
É uma flauta enfeitiçada que através de sua doce melodia leva os enamorados para o abismo do esquecimento localizado na prateleira ao lado dos livros sobre solidão.

O professor ouviu em silêncio as suas palavras, pois existem coisas que só o tempo é capaz de explicar.

Um comentário:

  1. Olha só que inspiração que pode vir de uma aula sobre Brasil Colonial... ^^ Legal Bruninha

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